A exposição Pop Brasil: vanguarda e nova figuração, 1960-70 reúne 250 obras de artistas emblemáticos da pop arte na Pinacoteca de São Paulo.
A exposição reúne 250 obras de mais de 100 artistas, muitas delas expostas juntas pela primeira vez, proporcionando uma visão abrangente sobre a arte desse período. Com curadoria de Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, a mostra se divide em temas que remontam ao surgimento da indústria cultural, a ruptura democrática, além das transformações sociais de diversas ordens.
Podem ser vistos trabalhos de Wanda Pimentel, Romanita Disconzi, Antonio Dias e vários outros. O público poderá ainda vestir e experimentar os famosos parangolés de Hélio Oiticica.
“A exposição lida com um momento da história do país que ainda hoje ressoa em nosso cotidiano. Olhar para essa produção é importante para entender o início da arte contemporânea entre nós, e também as questões disparadoras de muitos dos debates da atualidade. E, diante da reunião dessas obras, podemos entender a força coletiva dos artistas de uma geração que trabalhou para denunciar, protestar e sonhar com uma nova sociedade”, afirmam os curadores.
Sobre a exposição
A exposição abre com o conjunto de bandeiras originais do Happening das Bandeiras, um evento realizado em 1968 na Praça General Osório, no Rio de Janeiro, com os artistas Nelson Leirner e
Carmela Gross. Na ocasião, eles expuseram bandeiras serigrafadas em praça pública, promovendo uma ocupação coletiva do espaço público.
Continua com trabalhos que tratam de uma indústria cultural em formação no Brasil, exibindo estrelas da música popular brasileira. Grandes nomes do período estão reunidos, como Nelson Leirner, com seu altar para Roberto Carlos, na obra Adoração (1966), Claudia Andujar, que fotografou Chico Buarque em 1968, e Claudio Tozzi, com as obras Bob Dylan (1969), Guevara (1967) e seus astronautas que marcaram a iconografia da pop à brasileira.
A década de 1960 também é palco de uma revolução sexual e apresenta eventos históricos como Maio de 68, na França, e o movimento hippie nos EUA. No núcleo sobre desejo e sexualidade, estão obras de artistas que pensaram as mudanças do estatuto da sexualidade no Brasil, atravessadas também pela cultura de massa. É o caso de Wanda Pimentel, com sua série Envolvimento (1968),
O gesto pop se apropria ainda do imaginário da cidade, por meio de signos e códigos urbanos. É o caso de trabalhos como Marlboro (1976), em que Geraldo de Barros transforma restos de outdoor em pinturas.
Na Pinacoteca, Pop Brasil comemora os 10 anos do comodato da Coleção Roger Wright e o importante acervo de obras dos anos 1960 e 1970.
Informações Exposição Pop Brasil: vanguarda e nova figuração, 1960-70
Local: Pinacoteca de São Paulo - Edifício Pina Contemporânea
Data: Até 5 de Outubro • De Quarta a Segunda, das 10:00 h às 18:00 h
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