Exposição A Rotina das Paredes, com pinturas de interiores e naturezas-mortas, inaugura espaço reformado da Galeria Contempo, em São Paulo.
O ponto alto de boa parte da pintura figurativa brasileira se manifestou em gêneros “menores”, como natureza morta, paisagem e pintura de gênero. Por causa disso, Gabriel San Martin, curador da exposição, argumenta que sua vocação privada reitera a constituição de um espaço privilegiado de esclarecimento da capacidade de cada um de dispor o mundo.
“A espacialidade estranha casada às superfícies instáveis e ao tonalismo tímido das pinturas, como por exemplo nas obras de José Pancetti, Alfredo Volpi, Eleonore Koch e do próprio Chen Kong Fang, encontra a intimidade protetora de um espaço doméstico que desestabiliza as relações entre figura e fundo, sujeito e objeto. Como se diferenciando público e privado, fosse ainda tudo a mesma coisa”, afirma o curador.
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A Rotina das Paredes é um laboratório para a realidade
Ao trazer Uéslei Fagundes e Lilian Camelli para dialogarem com o trabalho de Chen Kong Fang, a coletiva evidencia a constante resistência turva do espaço doméstico em não se tornar também público a que se envolve a história da pintura brasileira. Experimentando seja com a manipulação do suporte, com uma tridimensionalização falseada ou com transições tonais, as pinturas exploram a condição do gênero doméstico enquanto um laboratório crítico da realidade.
Informações Exposição A rotina das paredes
Local: Galeria Contempo – Jardim América
Abertura: 2 de Agosto – 10:00 h às 16:00 h
Data: Até 23 de Agosto • Segunda a Sexta – 10:00 h às 19:00 h • Sábado – 10:00 h às 16:00 h